[RP] purple hair and red hair

A noite era seu horário preferido. Claire se sentia mais segura na penumbra e no frio, do que na luz e no calor. Embora soubesse bem aonde estava se metendo, principalmente sendo tarde da noite, ainda tomava extremamente cuidado para não desviar da rota de sempre. A ruiva acreditava que as chances de encontrar alguma arma ou algo para comer perto dos muros era maior do que no meio da floresta, onde quase ninguém ia com medo das criaturas que vagavam por aí. Mas, também sabia que as chances de encontrar um zumbi ou alguém por ali eram mínimas, já que fazia aquela rota todo dia e nunca havia visto nenhum sinal de vida ou morte.

Sua calça jeans, estilosamente rasgada nos joelhos, protegia-a do vento úmido e gelado, já sua regata branca não dava muita conta do recado, mas Claire parecia não se importar com o frio, ignorando qualquer sensação humana desagradável.

Depois de caminhar horas a fio, encontrou o muro, que rodeava o distrito, alto e imponente, que parecia querer alcançar os céus com toda sua graciosidade. Claire sentiu o corpo fraquejar, o tempo sem comer parecia estar lhe cobrando. Encostou o corpo inteiro sobre o muro, batendo com força contra ele que fez um barulho oco. De dentro da mochila pegou a ultima maça que lhe restava e quando bateu de novo contra o muro, para se sentar encostada à ele, o barulho ficou mais alto e oco. Afastando-se cuidadosa daquela área, a ruiva analisou com vitalidade, passeando as mãos pelo muro, investigando-o. "O que é isso?" Claire se perguntou alto, com o ouvido contra a parede, com a curiosidade lhe perturbando.

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A fenda se abriu e eu joguei meu corpo pra trás, caindo sentada, assustada. Meu coração parou e minha respiração foi ficando lenta, do outro lado havia uma mulher, igualmente alta quanto a mim, mas com madeixas arroxeadas, que lhe davam uma aparência alternativa. Tentei me mover, mas meu corpo não correspondeu aos meus gritos de fugir dali, aliás estava de frente para uma pessoa que deveria ser minha inimiga, pois era do distrito, e que não poderia saber da minha existência. Mas, que se foda, ela era bonita demais. "Quem é você?" Sussurrei, encantada por ela. Seus lábios me atraíram de cara, e tive um flash de imaginar eles me tocando pelo corpo. Não seja safada, pensei comigo mesma, sacudindo a cabeça para os lados e tirando a ideia de cogitação.

Ela pareceu ter ficado tão abismada quanto eu, mas ainda não havia se pronunciado. "Não sou um infectado, se é isso que pensa, então fale! Precisava pelo menos faze-la prometer que não contaria da minha existência para outros.

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Seu corpo não reagia ainda, a garota deu um passo a frente depois de perguntar porque Claire estava fora dos muros. Sentiu o perfume da outra alastrar seu sistema nervoso e enevoar sua mente. A garota de cabelos roxos disse que seria uma pena se algo acontecesse com uma garota linda como ela, e isso a fez acreditar que pudesse ser uma trova, ou que a própria poderia fazer algo inadequado consigo. Se bem que ser "estuprada" por uma mulher daquelas seria ótimo. "O distrito possuí um sistema falho e ridículo." Claire se levantou, batendo a calça para tirar a poeira que havia grudado na roupa. A ruiva se aproximou dela também, respirando fundo pra trazer a calma. "Tu também não parece uma... infectada." Mostrou um sorriso meio sem jeito. "Posso pedir uma coisa? Não diga a ninguém que ando por aqui fora, porque se fizer isso, terei que vir atrás da sua cabeça" Terminou falando com um ar sério, mas logo caiu na gargalhada.

Claire foi em direção a um pequeno canto perto de uma árvore, pegando uma rosa, que possuía espinhos e enquanto se aproximava da moça desconhecida, tirava-os. Estendeu o braço com a rosa na direção do peito da cientista. "É pra você. Me chamo Claire, é um prazer."

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O corpo de Claire a traiu com a aproximação da outra mulher. Suas falas,  seus gestos, a expressão do olhar e principalmente seus lábios devoravam a ruiva sem questionamentos. A sua mente dizia: "É perigoso, vai colocar em perigo sua missão de destruir o distrito! Ela pode ser uma infectada, e você nem ao menos sabe o nome dela!" Entretanto, estava totalmente seduzida aos caprichos da cientista. Quanto tempo fazia mesmo que seu corpo não era tocado? Beijado?
Um pequeno suspiro de prazer escapuliu de seus lábios rosados e seus dedos se enrolaram pelos fios roxos da cabeça da outra, trazendo-a mais para perto do seu corpo que ardia em chamas. Sua boca encontrou-se com a dela, e sentiu o corpo tremer nas mãos de Eve e quase instantaneamente devolveu o beijo de uma forma um pouco inexperiente, mas sedenta por mais.

"Eu.... Eu não tenho nada para dar...." Sussurrou após o beijo, corada e tímida, sem conseguir reagir. Seu corpo prensado contra o da moça de cabelo roxo tremia nervosamente, mas seus olhos brilhavam encantados pela visão a sua frente. Sentiu as famosas borboletas no estômago e tentou manter a pose, como quem é experiente, para que impressionasse a outra. "Eu nem sei seu nome"

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Aquela altura Claire já não conseguia mais pensar. Desejava com todas as forças que Eve lhe arrancasse as roupas e tomasse-a para si ali mesmo, sem pudores ou timidez. Queria apenas ser dela, de corpo e alma.
Assim que Eve se afastou, Claire automaticamente se jogou nos braços dela, encarando os olhos azuis que lhe penetraram. "Não vai pra longe!" O pedido soou desesperado, e realmente era. Sentir o corpo dela se afastando havia sido como levar um tiro no coração. Voltou a beija-la, agora carinhosamente, como se quisesse transmitir seus sentimentos através do gesto.

"Eu quero você perto de mim... por favor, não vai... " Abaixando o olhar pra baixo, totalmente indefesa, Claire passou a língua pelos lábios, num sinal de frustração. Reunindo coragem interior, voltou a encara-la, dessa vez invertendo as posições, prendendo-a contra o muro com o seu corpo, beijando-a ferozmente, descendo os lábios até sua clavícula. "Que foi isso? Soltei uma leoa interior? Perguntou para si mesma em pensamento, Claire estava com seus desejos aflorados por Eve, e ela não sabia dizer o porque seu coração bater tão rápido e descompassado naquele momento.

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